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29 de Setembro de 2025
Professores e acadêmicos da Universidade de Gurupi – UnirG estiveram no último sábado, 27, realizando diversas ações na Aldeia Kanoano, na ilha do Bananal. A ação faz parte do grupo de pesquisa do Observatório de Povos Tradicionais do Tocantins (OPTTINS), coordenado pela UnirG e pela Universidade Federal do Tocantins – UFT.
Na ocasião, as ações educativas realizadas na Aldeia foram: Setembro Amarelo; Letramentos Iny Rybè Javaé: estratégias educacionais para a valorização sociocultural; Teclado Iny Rybè: solução tecnológica para preservação da língua e cultura do povo Javaé; Palhaçoterapia; Projeto de Pesquisa Epidemiológica, além da atividade de extensão curricularizada dos estudantes de Direito.
As ações foram coordenadas pela professora, Drª Marcilene Araujo, e contou ainda com a participação dos professores Valterlan Araújo, Ma. Sofia Mara e Leandro Silva. Os acadêmicos dos cursos de Direito, Psicologia, Medicina e do Mestrado em Educação Social da UnirG contribuíram para a realização das atividades.
As atividades realizadas na Aldeia Kamoano foram as seguintes:
Ação - Setembro Amarelo na Aldeia Kanoano
Ação educativa sobre o Setembro Amarelo, por meio de rodas de conversa sobre a prevenção do suicídio, além de dinâmicas que estimulam a reflexão e valorização da vida. Atividade de extensão realizada pelos alunos do 8º período de Psicologia, sob a orientação do professor, Valterlan Araújo.
Ação - Letramentos Iny Rybè Javaé: estratégias educacionais para a valorização sociocultural
Projeto coordenado pela professora Marcilene Araujo que busca registrar e organizar termos da língua Iny, com suas traduções e significados em português, fortalecendo a preservação cultural e apoiando o ensino bilíngue nas comunidades indígenas.
“Esse projeto tem por finalidade elaborar um produto, o glossário Iny Rybè, que se configura como um registro documental de grande relevância para a memória linguística e cultural, fortalecendo a identidade indígena e ampliando os recursos de letramento disponíveis para futuras gerações”, destacou Marcilene Araujo.
Acompanhando a revisão dos termos já coletados estava o mestrando do Programa de Programa de Pós-graduação em Educação Social – PPGES, Fernando Roseno.
Ação - Projeto de Pesquisa coordenado pela professora Sofia Mara e colaboração da professora Marcilene Araujo
Apresentação da proposta do projeto “Teclado Iny Rybè: solução tecnológica para preservação da língua e cultura do povo Javaé”, aprovado no Edital Fapt/Seplan – Projeto Rede Deser à comunidade da Escola Indígena Tainá.
O projeto tem como objetivo desenvolver um protótipo de um teclado digital que reconheça os caracteres específicos da língua indígena Iny Rybè. A iniciativa visa fortalecer a língua materna no ambiente educacional e digital, promover a preservação da língua, contribuir para a perpetuação da identidade cultural dos Javaé.
“Ao possibilitar a comunicação textual em meios digitais, integrando a língua materna no cotidiano da comunidade indígena, essa inovação não apenas facilitará a interação diária em seu idioma originário, mas também promoverá a tradução de livros e outros textos do português para a língua Iny Rybè”, disse Sofia Mara.
Ação - Projeto de extensão UnirG “Palhaçoterapia” – coordenado pela professora Marcilene Araujo.
A iniciativa levou alegria, leveza e cuidado por meio da arte do palhaço, fortalecendo vínculos, promovendo bem-estar e integrando estudantes, profissionais e a comunidade indígena em um momento de troca e humanização.
Ação - Projeto de Pesquisa Epidemiológica – Aldeia Kanoano
Equipe: Orientadora: Dra. Marcilene Araujo e Leandro Silva, acadêmicos do 6º período de medicina: Yuri Fortaleza; Laura Barroso; Sabrina Malheiro e Fernanda Martins.
Além das atividades de promoção em saúde mental foi realizada uma busca ativa com aplicação de questionários epidemiológicos, contemplando aspectos de saúde e dados sociodemográficos da comunidade.
Ação - Atividade de extensão curricularizada
Escuta ativa com a comunidade indígena Javaé, sobre demandas na área jurídica, realizada pelos alunos do 2º período de Direito, sob orientação do professor Valterlan Araújo.
A coordenadora do OPTTINS, Drª Marcilene Araujo, destacou a importância do trabalho de pesquisa realizado pelas Universidades, que colabora para o desenvolvimento social dos povos originários.
“Essa vivência mostra a importância de a universidade estar presente nos territórios indígenas, desenvolvendo pesquisa e extensão de forma integrada e comprometida. Assim, contribuímos para o desenvolvimento social dos povos indígenas, valorizando seus saberes e construindo, juntos, caminhos de transformação social e interculturalidade”, finalizou Araujo.
(Fotos: arquivo pessoal grupo OPTTINS)