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Professor da UnirG participa do Catalisa ICT com pesquisa sobre extrato de planta para controle de glicose


23 de Abril de 2021



O professor Dr. Robson Ruiz Olivoto é o representante da Universidade de Gurupi – UnirG no Catalisa ICT, promovido pelo Sebrae. Ele foi um dos 1000 selecionados, entre 118 mil inscritos em todo o País, para integrar o programa voltado a pesquisadores que desenvolvem projetos de grande impacto, com potencial de inovação tecnológica com foco no desenvolvimento do Brasil. Olivoto foi selecionado com a pesquisa “Estudo dos parâmetros cardíacos e níveis glicêmicos de ratos diabéticos tratados com extrato da campomanesia pubescens”.

A camponanesia pubescens compõe uma ampla família de plantas presente em várias regiões do País. Na região sul do Brasil é conhecida como guariba, enquanto nos estados na Região Norte é popularmente chamada de gabiroba. Algumas variantes da espécie podem ser encontradas de forma abundante no cerrado brasileiro.

O Catalisa ICT é uma jornada de aceleração que oferece a pessoas com titulação ou que estejam cursando Mestrado e Doutorado, capacitação em gestão, mentorias, fomento a projetos e acesso ao universo empresarial. A duração total do programa é de cerca de quatro anos, divididos em quatro etapas.

Atualmente o Dr. Robson Olivoto está na segunda fase, e participa de capacitações para a elaboração de um Plano de Inovação. Somente 16 pesquisas de instituições sediadas no Tocantins avançaram para esta etapa. 

“É um treinamento para transformar a pesquisa em um produto utilizável. Isso porque quando o resultado de um estudo é restrito a uma publicação científica ele é apenas uma informação, mas quando ele é aplicado, na forma de um produto por exemplo, torna-se conhecimento”, destaca o professor, que é doutor em Biologia Celular e Molecular e integra o quadro de docentes da Universidade de Gurupi há quase dois anos. Ele é coordenador de estágio do curso de Educação Física e professor no curso de Medicina.

Após dois meses uma nova seleção irá escolher os 270 projetos que apresentarem os melhores planos. Para esses pesquisadores será concedido R$ 150 mil para a montagem da estrutura necessária ao desenvolvimento da pesquisa. Após um ano, caso os resultados sejam concretos e promissores, o fomento de R$ 1 milhão será repassado para o responsável ou para a Instituição na qual o cientista está vinculado para a consolidação do estudo. 

É possível ainda que as pesquisas recebam o aporte de investidores, como de centros de financiamentos privados, para a transferência de tecnologia. Para as universidades ligadas aos projetos participantes do Catalisa ICT, pesquisas desse porte podem resultar em registro de patentes e retorno financeiro para manutenção e investimentos em novas análises.

A pesquisa

Há dez anos o Dr. Robson Olivoto deu início a um estudo sobre os efeitos da campomanesia pubescens, no controle dos níveis de glicose no sangue em ratos, quando atuava na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

“Utilizamos o chá da planta, na forma como ela é consumida pela população em geral, em ratos com taxa normal de glicose no sangue. Poucos minutos depois o resultado foi surpreendente, pois o nível da glicose foi reduzido consideravelmente”, disse o professor.

Após alguns anos a pesquisa foi interrompida e, por meio do Catalisa ICT, ele pretende retomar o projeto. “Agora o objetivo é desenvolver o extrato  com uma concentração específica para fazer o controle da glicose. Dessa forma será possível reduzir o número de pessoas diabéticas, a partir do tratamento dos pré-diabéticos”, detalha Olivoto.

A estimativa é que até 2045 o número de pessoas com diabetes no mundo aumente 51%, segundo a International Diabetes Federation (IDF). “É uma patologia crônica preocupante, que gera um grande custo aos cofres públicos. No Brasil, no ano de 2020, havia cerca de 17 milhões de diabéticos, o que resultou no custo anual de R$ 285 bilhões de reais”, frisa.

Além de ser um fármaco fitoterápico, o uso da camponanesia pubescens também poderá trazer outros benefícios. “A previsão é de que o custo do extrato não chegue a 10% do valor da insulina injetável. Como poderá ser ingerido em cápsulas, também irá eliminar o desconforto para o paciente, e os custos com a compra e o descarte de seringas. A redução dos gastos públicos com o tratamento de diabéticos pelos meios tradicionais também será reduzido drasticamente”, explica.

Nas investigações iniciais, a planta também apresentou uma grande quantidade de um componente antioxidante, que poderia atuar na reversão de uma consequência do diabetes: a miocardiopatia diabética. “Ela é provocada pelo estresse oxidativo gerado pelo diabetes. Nossa hipótese é de que a importante propriedade antioxidante seja capaz de reverter esse quadro. Assim, o extrato poderá tratar não somente pessoas com pré-diabetes e diabéticos, mas também as cardiopatias associadas ao diabetes”, finaliza.

 

 

Redação: Meiry Bezerra

Revisão: Giselli Raffi

Fotos: Eduardo Miranda / divulgação

 






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